Dia de Greve Geral
Dia de paralisação pega poucos passageiros de ônibus de surpresa
Em Rio Grande, manifestantes bloqueiam a entrada da Furg pela ERS-734
Depois de 12 horas de trabalho, o desejo do vigilante Claudiomar dos Santos Gomes, 52 e do vigia Candido da Silva Cunha, 57 era de apenas ir para casa. Mas no Dia de Greve Geral contra a PEC 55 (na Câmara dos Deputados, PEC 241), o principal meio de transporte utilizado pelos amigos para chegar à Cohab Lindóia e ao Pestano - o ônibus - que só voltou a circular em Pelotas às 10h.
"Estamos esperando lotação deste às 6h30min e nada", disse Cunha. Ambos sabiam da mobilização, mas tinham receio de perder o emprego, caso não aparecessem para trabalhar. "Acho que parar os serviços não adianta. É preciso outra solução, pois quem protesta não pode prejudicar o povo que trabalha", disse Gomes. Para Cunha, "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco."
Quem comemora timidamente a situação desta sexta-feira (11) são os serviços de mototáxi e de táxi. Por volta das 8h15min, na rua General Osório entre Floriano e Sete de Setembro, uma comerciante que não se identificou desembarcava do táxi com mais duas colegas. Ela disse à reportagem que a própria empresa paga a corrida. mediante recibo.
O mototaxista Hilton Paiva, 48 anos, estava com pressa, pois tinha na agenda seis corridas programadas para a manhã. "Basta a gente dar o recibo que a empresa ressarci o funcionário." Já o construtor civil, Armando Furtado Pinto, 52 anos, foi pego de surpresa. Ele costuma ir de Pelotas a Capão do Leão de carro, "mas no dia que precisei do ônibus, não tinha. Agora vão me buscar."
A mudança na rotina dos usuários do transporte coletivo, que parou de circular às 3h30min com perspectiva de retorno às 10h, se deve a categoria dos rodoviários que se uniu ao Dia de Greve Geral, desencadeado em todo o país.
Além dos rodoviários, integrantes de movimentos sociais, sindicais e estudantis promoverão manifestações em protesto por medidas do Governo Temer, que colocariam em risco a prestação dos serviços públicos, como também direitos, historicamente conquistados.
Rio Grande
Em Rio Grande, os protestos concentraram nas rodovias por volta das 6h. A cidade está sem ônibus e a travessia de lancha entre a cidade e São José do Norte retornou por volta das 7h 30min desta sexta.
As principais manifestações foram no polo naval, onde grupos atearam fogo em pneus em três pontos: na ponte dos franceses (quilômetro três); no trevo da retirada (quilômetro 8,9), ambos na BR-392 e no quilômetro 14. Neste último, um carro tentou passar pela barreira acabou incendiado. O motorista sofreu queimaduras e foi levado pelo Samu para o Pronto-Socorro da cidade. Os locais já foram liberados.
Na ERS-734, uma motociclista acabou colidindo nos pneus e a concentração dos manifestantes acontece na rodovia estadual, em frente à Furg.
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